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ADOÇÃO É...

Adoção é "tornar filho, pela lei e pelo afeto, uma criança/adolescente que perdeu, ou nunca teve, a proteção daqueles que a geraram" Fernando Freire

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

A VERDADE SALVA

 
O primeiro lugar para se combater o preconceito contra a adoção é no seio da família adotiva. Esta é a sede principal de todos os Direitos da Cr...iança. É nela que fazemos da relação de paternidade e filiação uma relação segura de amor, de cuidado no dia-a-dia, de compartilhamento da vida. A família adotiva é a família de verdade, porque é no exercício do criar com afeto que as pessoas se credenciam para serem chamados com justiça de pai e mãe.
Se amamos de um modo tão extraordinário que nos faz modificar nossos planos, repensar prioridades e nos abandonarmos um pouco para cuidar do outro, um filho, podemos usufruir deste título: pai verdadeiro, mãe verdadeira. A verdade da paternidade é o amor em exercício, afeto em gotas e aos goles, que ministramos a cada gesto concreto de criação responsável de uma criança. A mentira da paternidade, o falso pai, a mãe invisível e intangível, são assim uma infame enganação porque simplesmente tem a atribuição da paternidade por outros meios que não sejam estes vinculados ao cuidado com a criança.
Portanto, qualquer família que ama sua criança e prova este sentimento através do cuidado, que é o afeto feito em atos humanos, como o corpo de delito do amor, merece ser chamada aos berros, no meio da rua, de família de verdade. Assim, pais de verdade podem ser biologicamente genitores de seus filhos, porque além de os terem gerado fisicamente, os amam visivelmente, transformando em atos de cuidado e proteção o carinho que lhes toca a alma. Contudo, é imperioso perceber que o vínculo biológico que os une à criança não é determinante nesta classificação: é necessário que se habilitem ao posto de pais de verdade através de seus fazeres concretos amorosos.
Os pais adotivos, não tendo vinculação biológica com a criança, tornam-se pais de verdade ao degelarem sobre ela o grande iceberg de amor que trazem no peito. São pais porque adotaram, são verdadeiros porque seu amor é verdade pura posta a serviço da criança. É por isso que pais de verdade, por adoção, nunca podem mentir sobre a origem da criança. Jamais devem esconder da criança sua própria História, que é patrimônio essencial de sua integridade. Pais de verdade não temem a própria verdade, porque quando se semeia amor, nunca se perde a colheita. A dignidade de pessoa humana daquele filho, tão amado, exige que a verdade seja motivo de diálogo e mais: a verdade adotiva não merece ser apenas contada, mas deve ser celebrada, como uma contínua festa de amor, na qualidade de encontro divino de almas.
O pai adotivo que mente sobre a adoção é um fraco, que parece amar mais seus próprios cromossomas que a seu filho. Preconceituoso com a adoção, flerta com a infelicidade ao fingir se pai biológico para que “a criança não sofra”. Finge ser pai biológico porque acha que é um espermatozoide (ou óvulo) que o legitima para ser pai de verdade. Faz da mentira uma religião, da hipocrisia profissão. Enquanto isso, os pais verdadeiros e adotivos vestem a camisa e comemoram o fato de o destino ter trazido alguém tão especial aos seus cuidados. Alguém absolutamente amado e que eles, em sua limitação animal, jamais poderiam ter gerado.
O essencial bate à porta. Ele se chama AMOR e pede para ser motivo de festa, com a verdade estampada no peito e no sorriso. O essencial é adoção.

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