Entidade de Divinópolis luta por adoção segura e legal.
Campanha abraça
caso de menina em processo de adoção em Contagem.
O grupo de apoio à
adoção “De Volta Pra Casa”, de Divinópolis, resolveu lutar contra a decisão
da Justiça que determinou que uma criança de quatro anos, que estava em processo
de adoção, fosse retirada
dos pais adotivos e entregue aos pais biológicos em Contagem, região
metropolitana. A polêmica deu início à campanha "FicaDuda". No dia 27
de novembro, o grupo da cidade participará de uma audiência com a Comissão de
Direitos Humanos e Minorias em Brasília.
Segundo a presidente do grupo de Divinópolis, Sandra Amaral,
eles decidiram abraçar o caso após um pedido do senador Magno Malta, do PR. “A
sobrinha do pai adotivo foi quem entrou em contato conosco. Infelizmente este é
um caso recorrente e que já lidamos outras vezes. É importante ressaltar que a
criança vem em primeiro lugar, o que o Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA) prega é o bem estar da criança, o que não está sendo respeitado neste
caso”, explicou.
Ainda conforme a presidente, o grupo tem provas contra o abrigo onde a
criança estava, como cartas da cuidadora do local ameaçando os pais adotivos,
irregularidades no abrigo e desvio de mercadorias. “As investigações mostram
muitas irregularidades no local. Ela negociava as crianças, havia abuso,
maus-tratos, desvio de mercadoria, crianças que sumiram e adoções irregulares. A
advogada do casal está com todas as provas e vamos aproveitar a audiência em
Brasília para mostrar esses documentos”, acrescentou.
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mais
O objetivo da audiência na Comissão de Direitos
Humanos e Minorias é sensibilizar a todos para que uma Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) seja criada para fiscalizar os abrigos no país, a começar pelo
da criança de Contagem. Uma petição online também foi criada para chamar a atenção da
população sobre o caso.
O grupo já esteve envolvido em outros eventos na capital federal e esteve
presente, à pedido do senador Magno Malta, na alteração de alguns artigos na
Nova Lei da Adoção. “Nossa sugestão foi que tivesse um curso para preparar o
casal para receber o filho adotivo e foi uma vitória, porque hoje todos os
casais são preparados. Outro ponto foi que as crianças poderiam ficar no máximo
dois anos abrigadas e que de seis em seis meses fosse feito uma revisão”,
informou Sandra.
De acordo com Silvania Quadros, integrante do De Volta Pra Casa, os casos de
irregularidades em abrigos é grande. “Sabemos de casos em que os responsáveis
pelo abrigo selecionam as crianças que vão receber as melhores roupas, fazer uma
refeição boa e aqueles que vão receber as roupas velhas. Chega ao ponto de
muitas crianças serem privadas da adoção”, relatou.
Sandra comentou que outra consequência do caso é que, com a decisão de
devolver a criança aos pais biológicos, muitos pais adotivos estão apreensivos.
“Eles estão apavorados. Quem está na fila da adoção quer sair da fila. Pregamos
uma adoção segura, legal e para sempre, mas o Judiciário decidiu ir por outro
caminho. O bem estar da criança é o mais importante, mas o casal também é
importante nessa história, porque se eles desistirem de adotar as crianças, quem
vai adotar ?”, questionou.
Entidade se reúnirá com Comissão de Direitos
Humanos e Minorias para pedir investigação no caso da menina (Foto: Marina
Alves/G1)
Para a voluntária Maria Gorete, o grupo decidiu lutar por este caso para que
ele sirva de exemplo para os futuros. “Quantas Dudas existem no país esperando
sozinhas e de forma silenciosa por ajuda? Estamos com esse caso para que ele
sirva de modelo para os tantos existem no país e que as próximas decisões sejam
favoráveis para o bem da criança de agora em diante”, almejou.
Grupo de apoio à adoção “De Volta Pra Casa”
A entidade sem fins lucrativos busca soluções para as questões relativas ao abandono de crianças e adolescentes por meio do fortalecimento e incentivo à adoção. O grupo foi criado após a presidente Sandra decidir adotar a filha. “Vi as dificuldades que era adotar. Não havia esclarecimento e fiquei atenta aos grupos de adoção para buscar conhecimentos sobre adoção. Foi então que decidi montar um em Divinópolis com a ajuda de amigos e parceiros”, contou.
A entidade sem fins lucrativos busca soluções para as questões relativas ao abandono de crianças e adolescentes por meio do fortalecimento e incentivo à adoção. O grupo foi criado após a presidente Sandra decidir adotar a filha. “Vi as dificuldades que era adotar. Não havia esclarecimento e fiquei atenta aos grupos de adoção para buscar conhecimentos sobre adoção. Foi então que decidi montar um em Divinópolis com a ajuda de amigos e parceiros”, contou.
O trabalho da entidade é acompanhar todo o processo de adoção da crianças e
lutar para que esse processo seja seguro e legal, atendendo casos em todo o
país.
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